Se somos todos crianças brincando no teatro do tempo, é com esse olhar de criança que estou aqui sentada, observando todas essas pernas voando, pés deslizando, e manifestações em forma de sorriso a cada vez que uma tentativa se concretiza de forma positiva. Passeando por um mundo alheio pela primeira vez, me permito ver além do que me é mostrado. Me permito sorrir acompanhada. E te digo meu bem, que não seria mesmo atoa e por acaso que eu ando de tão bom humor, rindo pras paredes e esbanjando essas tais energias positivas que todos estão comentando. Mas também, como não reagir dessa forma a essas manhãs ensolaradas pelo brilho de um olhar que está se reascendendo? Como deixar passar desapercebido esse sorriso que paralisa? Como? Me diz e aí sim eu penso se vale a pena abandonar essa sensação que tanto me (nos) agrada. Melhor... me diz e eu te apresento n’s argumentos pra te convencer a continuar sorrindo comigo. A continuar sentindo essa saudade e essa vontade de passear pelo mundo alheio sem se perder. Perdendo-se em palavras combinadas propositalmente para despertar ruborizações súbitas. Encontrando-se em cada música escrita sobre medida pra essa história. Compondo àqueles sonetos de outrora, nas linhas simétricas desse sonho que tenho tido todas as noites (e quase sempre durante o dia). E eu continuo a olhar você...
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