Talvez a gente se
parecesse demais com àquele passageiro na beira dos trilhos esperando um trem
específico. Passavam-se vários trens ao longo da espera, mas nenhum chegaria ao
destino que esperávamos, queríamos e precisávamos. Longe de haver avisos, era
necessário apenas fechar os olhos e ver que não era o nosso trem, nossa vez, a
hora em que partiríamos da estagnação para chegar ao um lugar que realmente
fosse nosso. Sabia-se e se sentia que a
oportunidade furtiva, se fosse agarrada, nos levaria para mais longe ainda, e
dificultaria ainda mais tomar o caminho certo que levaria até o nós.
No começo da espera,
iludi-me com a ideia de que a espera não seria grande, que logo encontraria o
destino pra onde seguiria e que a viagem seria tranquila de tal modo, que o
sono seria regerador. Passava horas imaginando como seria encantador admirar a
paisagem enquanto segurasse a sua mão, tecendo pequenos comentários sobre como
amo seu sorriso. Acreditei cegamente que como nunca antes, as rosas
prevaleceriam, e que seus espinhos seriam todos aparados antes que as rosas nos
fossem entregues para perfumar nosso lugar.
Talvez naquela época eu
tivesse um ‘quê’ de inocência, talvez simplesmente acreditasse que se o amor
embarcasse conosco na nossa viagem, qualquer sombra de problema desapareceria,
e que todas as nuvens que nos encharcam a alma por conta dos nossos choros
quando tudo foge do controle, simplesmente sumiriam, e nossa viagem seria
banhada por um sol que não queima, mas que aquece como o calor sagrado do amor.
Não que eu tenha me equivocado completamente, mas digamos que não foi e não é
tudo literalmente um mar de calmaria.
E finalmente quando
nosso trem se aproximou, senti o coração palpitar. Sabia que enfim encontraria você,
e partiríamos de pontos diferentes, rumo ao nosso lugar. Você me trouxe a fome
da vida, a sede de querer-te sempre mais, e mesmo estando saciada, o sono não veio
e a viagem de calma não teve nada. Passamos por tantos pontos difíceis que
quase ficamos pelo caminho, mas passamos. Os trilhos estavam desgastados e a
paisagem não era tão bela quanto esperamos que fosse, mas sempre que olhava em
seus olhos, tinha a sensação de estar olhando pro que a vida podia me mostrar
de mais bonito.
Como eu gostaria de te
dizer que nosso recanto está próximo. Que o desgaste da viagem está pra se
findar e que logo-logo você descansará depois de deitar no meu peito enquanto
acaricio suas costas e te contos historias que ainda viveremos, mas que já me
sinto invadida por essas tantas verdades que quero dividir só com você. Mas
ainda não posso lhe dizer isso, não sei o quanto ainda temos que trilhar até
chegamos nesse lugar. A única coisa que posso afirmar, é que independente dos
trilhos, da paisagem, da falsa calmaria e de qualquer coisa que nos atormente o
sono, eu estou com você, mesmo que às vezes meu silencio faça você se sentir
só. E que mesmo que demore e que o tempo insista em nos fazer desacreditar,
apenas quero olhar nos teus olhos e deixar transbordar todos os motivos pelos
quais decidimos trilhar esse caminho de mãos dadas.
voce escreve de forma que me lembra eu no passado
ResponderExcluirintensa romantica, jha falei varias vezes pra vc divulgar seu espaço nem que seja no facebook
seria legal me adicionar caso queira rsrrs
voltei aos blogs essa semana
seu blog esta com layoiut muito parecido com o meu e meu conselho é que mude a cor da letra fica meio dificil ler
e tire a sletrinhas de confirmação
mas quanto ao texto: é um texto otimista, de amor que nao se vive mais hoje em dia, nao se é ficção ou verdade, eu por exemplo so fal0 do que vivo mas se for verdade que sorte estar sentindo isso
de mãos dadas!