Disseram que os meus dois
maiores orgulhos que tenho nessa minha vida são plágios de gostos alheios.
Menosprezaram de maneira covarde a única coisa que mantém a sanidade em mim
ainda e vejam só, isso me atingiu de maneira tão direta que estou aqui com medo
de escrever e ser ridicularizada. E o pior não é isso... O pior é o riso
desesperado preso a uma garganta dolorida de tanto abafar gritos doloridos de
uma saudade que nunca vai sarar.
Antigamente
eu costumava acreditar na segurança que minhas palavras escritas me traziam, e
mais, a outra dimensão que a musica sempre me trouxe era de uma sensação que
poderia ser invejada por quem possui os salões mais esplendidos dentro da alma
e da memória. E ninguém mesmo nunca fez ideia da estabilidade que aquilo
poderia trazer a uma alma que tem vagado um tanto quanto perdida entre vocês. Mas
a analogia ao plágio desse gosto gerou tamanhas rachaduras nas estruturas do
meu mundo que meu corpo tem sentido a dor física que o infortuno emocional pode
trazer.
Hoje,
a cabeça gira por falta de um lugar fixo e seguro onde me manter. Os olhos doem
tanto que tenho vontade de arrancá-los, quem sabe assim não veria o que os
fazem chorar. O corpo pede socorro e se tortura por sua incapacidade de
modificar as coisas que ficaram depois que quem se amava não ficou e o estomago
tenta desesperadamente jogar fora aquilo que está fazendo tão mal. Mas que
ironia, não consta nada no mesmo, e o que faz mal é tão abstrato quando a própria
dor. Não se toca a saudade, na se mede a saudade e não se expulsa a mesma em um
vômito compulsivo da alma.
Por
ultimo, o que dói e já se tornou corriqueiro é o coração. Acelerado,
descompassado, reassistindo compulsivamente a cena que no momento que acontecia
já sabia que seria o divisor de águas daquela vida. Um coração que fora amado e
que ainda ama, mas que confesso não saber o que fazer com tanto amor, ele não cabe
mais aqui, e não cabendo, não sei onde colocá-lo. Enfim, mais um dia amanheceu.
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