Eu teria
outra forma de me sentir, senão assim, numa tristeza sem fim. Lembrando você sem
parar e pensando na falta que tu fazes e no vazio que ficou desde que você se
fora de mim? Tenho tanto medo do mundo, receio da vida, uma confusão constante
de não saber seguir nem como fazer isso, e acabo sempre caindo nesse choro tão dolorido
a que me remete a saudade...
Queria
tanto que soubesse como esse lugar da minha vida não será ocupado por mais ninguém.
Como seu sorriso foi importante pra me fazer também sorrir. Que seu abraço foi
a noção de calor mais verdadeira que já tive no toque da pele. O quanto quero
ainda mais me parecer com você. O tanto que ter tido seus carinhos nas noites
de pesadelo me fizeram menos medrosa. Como suas orações me salvaram de tantos
perigos, incontáveis, inimagináveis e incompreensíveis a nossas mentes humanas.
Sinto falta de te falar do meu dia de hoje, dos meus dias de amanhã e do seu
colo quando a bronca da minha mãe for cruel demais.
Enfim,
acredite eu ou não, mas já se passou um ano desde que te abracei pela ultima
vez. Já se passaram 365 dias em que morro um pouquinho a cada dia de saudades
de ti... um ano em que fujo todos os dias da dor e no final caio no abismo que
a saudade gera dentro de nós. Um ano em que nenhum artifício mágico substitui
sua imagem constante na minha mente. Que falta me faz teus olhos de senhora e
teu olhar de menina.
Ontem,
no aniversario de um ano da sua partida, vi meu irmão chorar e chorei junto
vendo que alguém alem de mim tinha um buraco na alma a um ano causado por sua
partida. Não um reconforto, mas uma identificação que me fez lembrar que eu sei
cuidar de quem eu amo, e apesar dos atritos, eu amo aquele pequeno que cresceu
tanto nos últimos tempos. Preciso tanto voltar a viver, preciso tanto volta a
enxergar vida e a fagulha das emoções do meu irmão me trouxe de volta essa
necessidade. Um pequeno sopro de vida que me fez querer voltar a respirar sem
que isso seja um soluço.
Sinto falta
e repetir isso nunca será o suficiente pro tamanho da proporção da saudade, mas
gostei muito de segurar a mão desse pequeno enquanto caminhávamos...
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