sábado, 26 de fevereiro de 2011

Rubro.

Meu dia foi colorido de vermelho. As roupas das pessoas que encontrava pela rua, depois daquela noite perturbada, com uma freqüência espantosa eram vermelhas. Vi detalhes vermelhos em objetos que eu não costumo prestar atenção, até mesmo em enfeites corriqueiros que todos usam querendo imitar suas árvores de natal, vinham dotados dessa cor. Fato que nos últimos dias tenho me apaixonado pelo rubro, essa cor quente, que exige presença de espírito pra quem ousa aderir sua força, essa cor instigante que alem de me lembrar prazeres quentes, trás a tona uma sensação nada confortável. Ruborizar não é algo agradável. Sentir o rosto queimar e em seguida derreter, enquanto a pessoa que lhe observa nota esse tom avermelhado nas maçãs do teu rosto não é algo que me encha os olhos. Mas ainda sim, me sinto apaixonada por essa cor. O vermelho das rosas apaixonadas; do sangue que lateja a ansiedade; das unhas da moça que seduz; da bebida que aguça desejos; na decoração excessiva e sugestiva daquele cômodo; da tinta da caneta dos escritos escondidos a seta chaves; da roupa que me tragava o espírito; o vermelho do meu rosto por não saber como (re)-agir. Hoje essa é a cor que me atrai que me distrai e que me assusta. Hoje pra onde quer que eu olhe o que for rubro me saltará os olhos como nenhuma outra cor. Hoje, quero a raiva que essa cor me inspirar e quero arder no desejo que ela me impõe...

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