segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Amigo, saudade.

Nossa, quanto tempo, meu amigo. Saudade apertou e num sufoco desabafo tudo em cima de ti. Peço desculpas por toda essa minha negligencia, mas você sabe que vez ou outra me fecho aqui dentro e fico quietinha com as janelas trancadas pra que o sol não ofusque meus olhos e pensamentos, e foi só por isso que não havia vindo lhe visitar ainda.
Aquele mês voltou, e com ele seus fantasmas. Pensei que seria mais fácil, e já no 4º dia estou aqui me desmoronando em você. Tudo me cansa, tudo me irrita o no final eu só tenho você, ou você que me tem, ou ninguém possui ninguém e na verdade estou falando sozinha comigo mesma. Vertigem. Saudade pros que sabem me ler.           Frescura com lascas de loucura pros que conheceram o eu de agora. Estou rindo e você não entende o porque, né? Estou sendo sarcástica e machucando você, meu amigo, mas me perdoe, saiba que não faço por mal. Só estou prendendo o choro e a respiração pra ver a dor sessa. O suspiro constante e a perna que treme, denunciam um ranço de dor que nunca vai embora. Porque não consigo enxergar a finitude das coisas. Seria tão mais delicadamente respeitoso para comigo e com sua historia. Para com o amor da menina do laço de fita verde e vestido prensado.

Ah meu caro amigo, de uma amizade tão cara quanto a paciência com um esquizofrênico. Poderia me visitar mesmo quando não clamo por teu colo? A dificuldade de pedir ainda está por aqui, e ela, assim como o meu amor, está tatuada em mim. Fico sem jeito, sem cor, sem graça de sempre recorrer a ti, mas o que fazer se é apenas você quem cabe dentro de mim e me faz caber na vida que a vida me presenteou?  Enfim, venha tomar um chá qualquer dia desses.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sorria

Queria começar esse texto rindo, gargalhando de mim mesma. Queria caçoar da minha cara por acreditar nessas verdades que os outros arrotam por ai – quando não vomitam. Queria tirar sarro de mim mesma porque ingenuidade não combina com o tom dos meus olhos e eu já estou velha demais para acreditar que acreditando as coisas mudam. E queria me mijar em lembrar que assim que eu der ‘enter’ nesse texto, irá surgir uma fagulha de esperança que o mundo real seja a forma como eu enxergo o mundo. Egoísta demais? Infantil demais? Dane-se! No fim, descrições não fazem diferença. O comodismo é confortável, e eu acostumada com o mesmo, continuo olhando a vida daqui, alheia no meu refúgio de sentir sozinha para mim mesma, comigo mesma e sorrindo quando me perguntam o que eu penso sobre algo que é melhor que eu não me expresse.


Quando eu era mais nova, acreditava que falar verdades na cara de quem se esconde atrás de sorrisos exaustivos era o caminho para muita coisa boa, até perceber que a cada dia quem se esforçava mais – e se esforça -  para manter o sorriso sou eu. Uma pessoa que admirava muito, por suas convicções e crenças, hoje se tornou exatamente o contrário do discurso bonito que tantas vezes acariciou meus ouvidos. Outra que me enchia os olhos como levava a vida, de uma forma endonista e livre, hoje está amarrada a conceitos um tanto duvidosos de seus desejos reais. É isso então? É a isso que estamos condicionados? Nos tornar o que criticamos. Nos prender ao que tememos. Nos amarramos a esferas de ferro e ficar arrastando palavras e pensamentos em que em outro momento era tão nítidos e que agora não passam de lembranças embaçadas na memória?


Hoje estou envergonhada de mim, e eu merecia rir na minha cara por ironicamente ter os mesmos sorrisos que em outrora só serviam de crítica pra mim, e que hoje se tornaram a expressão mais comum em meu rosto, ou seja, nada verídico. Sei que ‘o poeta está vivo, foi ao inferno e voltou’, mas os traços e traumas do inferno não passam fácil assim, rápido assim, e enquanto isso não passar, valer-se de sorrisos para não escancarar as marcas desse lugar não é nada louvável. Enfim, quem você era e quem se tornou? Se nem isso sabe responder, sorria. Pelo menos comigo, funciona.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Iai se a história não é minha?

Eu poderia dizer que sinto saudades, mas isso seria muito pouco, eu poderia me justificar com desculpas esfarrapadas sobre o porquê de não ter lhe procurado antes, mas eu sei que você jogaria toda minha covardia nas minhas costas. Tenho te lembrado mais e mais, bolado planos infalíveis de te encontrar sem querer nem que seja pra que nossos olhares se esbarrem por alguns segundos enquanto na minha cabeça estamos ouvindo coldplay enquanto aquele momento ‘mágico’ – pelo menos pra mim – está acontecendo. Estou aqui vendo o tempo passar e pensando: nossa, já faz meses que não nos falamos, e porra, até hoje não sei como foi que paramos de nos falar. Esses dias passei pela nossa rua. Ela já não é mais tão secreta como antes, já não pode ser uma boa guardiã dos nossos segredos, mas que mal isso fará já que não temos mais segredos para criar nos suspiros calados de um prazer barato. As vezes acho que sou uma mimada qualquer, preza no meu mundinho de vontades satisfeitas e vendo que você não faz parte desse mundinho, pois você sempre foi a corda bamba, sempre foi o não saber o que vem depois, você era o meu frio na barriga por não saber o que viria amanhã. Você foi tudo que eu sempre quis, todas as emoções misturadas que me deixavam suspensas no ar e eu com o coração nas mãos e acelerado não soube como carregar isso para minha vida além de uma vida cômoda de menina mimada que tem todas as vontades satisfeitas. Eu que vivo pedindo noticias suas à vida, sempre me arrependo depois do pedido, pois no fundo tenho um medo egoísta de saber que você provavelmente esteja melhor sem os meus pitis, mas sei lá, eu não sei bem lidar com isso assim como não sei lidar com uma porrada de coisas da vida, mas nem por isso paro de viver, mas eu quis parar de viver tudo que tinha você, mas você atrevida sempre toma conta dos meus pensamentos e me arrasta numa torrente de saudades e me deixa imobilizada e cercada de memórias que me parecem quadros tão bonitos vistos de longe. Esses mesmos quadros que me causam náuseas quando me aproximo pois vejo que seus detalhes são chocantes demais pra que eu possa aguentar, então me afasto e nos observo ali desenhadas como em um conto de fadas distante da minha e de qualquer realidade que não seja o passado com sua beleza por lembrar só o que agrada. E no fim das minhas longas divagações, quando chego no intimo do meu ÂMAGO e me rendo a mim mesma deixando claro que amor eu senti por você, recolho-me a um choro baixinho quase que imperceptível e logo adormeço, para enfim sonhar com você e acordar frustrada mais uma vez. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O pior de tudo, é que eu sei.

   - Sim, eu sei que você ainda pensa em mim, e se lembra das nossas promessas questionando-se o porque de termos chegado onde estamos. Sim, eu sei que você ainda sente por nós aquela sensação de infinitude e que luta todos os dias contra o que sente por mim. Sim, eu sei que você ainda se deita anoite - mesmo que ao lado de um outro alguém - e fica imaginando como teria sido se eu tivesse respondido àquela sua mensagem. Sim, eu sei que você sente tanto ou mais saudade do que eu, mas que seu orgulho consegue ser ainda maior do que o seu amor. Sim, eu sei que nos perdemos na nossa inconstância, mas também sei que você adorava esse frio na barriga de não saber o que vem depois. Sim, eu sei que você queria me odiar, mas que na verdade se odeia por ainda me amar. Sim, eu sei que nós estamos fisicamente tão distantes, mas que no fundo de si mesma, quando se rende ao desejo você chama por mim em pensamento. Sim, eu sei que nos fizemos mal, mas também sei que o brilho que eu via nos teus olhos, eu sei que nunca havia estado ali antes. Sim, eu sei que abraço outros corpos pensando em como seu abraço me cabia e lembrando de você dizer que, o meu, era o melhor em que você já tinha estado. Sim, eu sei que ouço suas músicas para lhe ter um pouquinho mais perto, e que isso mastiga meu coração e eu sinto uma dor aguda por você não estar ali, mas mesmo assim ainda ouço porque parece ser a forma mais autêntica de ter você perto de mim. Sim, eu sei do seu amor, eu sei da sua saudade, eu sei das tuas vontades e sei que tudo isso é recíproco, mas isso não me basta para dar o primeiro passo até de você. E como diria o Nando, 'hoje eu sei que até mesmo um grande amor pode não bastar'. E afinal, o que é preciso? O que é o bastante? Por favor, me diga. Porque de todo o resto, eu já sei.



Ps: Essa foi uma história que ganhei de presente e que quis deixar grava aqui.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O gosto do café frio.



Bem, você já sabe, não sou uma pessoa muito constante, quem dirá estável, mas tem dias em que as coisas dão um nó no peito – na alma – e eu não sei bem como agir. Você também sabe o quão repetitiva eu sou com essas minhas crises existenciais, mas acho que tenho um crédito já que meu fluxo de crises tem sido baixos. Enfim, meu peito está arrebentando com essa descrença nas pessoas. E Deus sabe como luto contra isso, mas ver a filha da Rosa escolhendo qualquer um que não seja eu nem meu irmão não faz o menor sentido no meu mundo particular, assim como não faz sentido ver o raio de sol tentar me ferir sendo quem eu esperava que me protegesse e depois percebê-lo gélido, por mais que ele tente me aquecer. Não tem nexo lembrar da moça dos cachos e agora ela ser só um alguém que eu acredito que nunca tenha conhecido – aquilo existiu mesmo ou é mais um de meus delírios? – e também não vejo sentido encontrar uma pedra preciosa e não saber ao certo como guardá-la para si. Na verdade, acho que nesse caso a pedra é um pássaro e que pássaros não se aprisionam. Queria entender ou pelo menos acreditar no sentido disso tudo, nem que seja algo superior que minha capacidade humana não alcance, mas que tenha um sentido. Mas parece que a vida quer sempre me colocar nesse labirinto de sentimentos e sensações me fazendo caminhar de um lado pra outro sem encontrar a saída de mim mesma. Você sabe, eu gosto de ironias, mas elas estão me cansando. Está me cansando esse alguém brincando com a minha cara parecendo querer me fazer desistir de lutar contra corrente, querendo me fazer desacreditar que a ideia e o sentido de tudo é continuar nadando. Você bem que podia me dizer como lidar com o fato de ver uma coisa num dia e no outro ela ter cores completamente diferentes. Cadê meus dias verdes? Por que a vontade de fumar? Você sabe que odeio café frio... e você sabe como sou nociva a mim quando sinto frio que vem da ausência da crença na vida. Fujo das lágrimas, fujo do enfrentamento dos meus sentidos e quereres. Por esses dias vou simplesmente ficando por aqui, vendo onde chego tentando me manter viva. Eu que pensei que esses dias demorariam a voltar me deparei com eles novamente no fim de um domingo que havia sido manso. Ahhh, nem se preocupe! Como disse antes, não sou constante quem dirá estável, assim como a descrença chega, logo ela vai embora pra depois retornar de malas prontas e se instalar.


-Vai ver que é só a falta que a terapia faz! Vamos vendo.

domingo, 14 de abril de 2013

Eu, minhas contradições e só!


          
       Eu queria explodir, gritar e me desmanchar em pedacinhos tão pequenininhos que eu precisaria de semanas pra me remontar. Eu queria me espalhar pelo universo, e como em pecinhas de um quebra-cabeças infinito como a vida, mostrar que é tudo muito mais complicado do que eu deixo transparecer. Que o complicado de verdade, está no que não foi dito, no que está guardado debaixo de sete chaves. Quando essas vontades pareciam tão grandes assim, eu deixava bem claro pra mim mesma, que gritar ou tocar bateria o mais alto e forte que eu pudesse, não fariam meus pensamentos silenciarem. Ficava bem explicito que sair correndo não adiantaria, porque o que me dói ou incomoda corre bem mais rápido do que eu, e faria piada de mim quando me alcançasse. Só que mesmo tendo consciência dessa merda toda, as vontades de fuga não passam.
            Fico refletindo do silencio escuro do meu quarto, e até gosto do desajuste, até gosto das diferenças que definem quem eu sou, mas como faço pra que entendam, aceitem e em uma utopia louca, gostem? Sempre amei nadar contra corrente, me fazia ficar eufórica por defender algo que me fazia encher os pulmões pra dizer – eu acredito! Mas tenho me sentido em uma piscina de hidromassagem, confortável, numa porra de zona de conforto, ao som de uma trilha sonora que caçoa da maturidade que dizem que eu tenho.
            Minha mãe diz que pessoas como eu, que sofrem caladas, sofrem de uma forma mais aguda. E fico pensando, se até minha progenitora que costuma ser o cumulo da negligencia pensa isso de mim, imagina o quão abafadas não estão as coisas? Agora começo a rir de nervoso, assim escondo as lagrimas nos olhos. Ela me diz que já estou velha pra ter crises de adolescência, mas ela mal sabe que ainda estou presa em uma infância onde era mimada por uma rainha que partiu para um reino muito, muito distante. O nó na garganta nesse exato momento está me asfixiando, e eu que queria gritar no começo desse texto, agora só quero respirar. Me pergunto onde está o oxigênio. E completo perguntando o que é o oxigênio pra mim?

domingo, 7 de abril de 2013

Um recado que eu queria pregar na porta da sua geladeira.




- eu me lembro da música que tocava quando nossos lábios se tocaram pela primeira vez, e me lembro também de como a confusão era mutua e isso gerava uma compreensão que só o zodíaco poderia explicar. Apesar da minha memória, eu me lembro da sensação de querer te dar descanso e te esconder mesmo que por instantes em mim. Apesar da minha memória, ela trás ate mim hoje, os mesmo desejos de proteção que tantas vezes você despertou em mim. Um que de cuidado gratuito que ninguém nunca entendeu e que nós mesmos desistimos de achar explicação.
Tem tempo que não te escrevo neh, e na verdade nem acho que eu esteja escrevendo agora pra você, mas é que tem coisas nessa vida que a gente não pode falar nem com o travesseiro, fica só entre você e a pessoa que faziam parte da história – e olha que alguns detalhes internos, só você e seu ‘achismo’ sabem que aconteceu. Como por exemplo meu amor por você, que hoje eu só defino como algo que transcende nossas explicações falhas e que nunca definiu nenhum ao menos um dos nossos momentos. E outra vez eu não sei como me portar, se te aperto em abraços ou se te deixo no silencio do seu coração que está gritando. Enfim, estou em oração por você, seu coração irá cicatrizar. Não há dor que não pare de latejar. Limpar as feridas parece doer mais do que deixá-las lá quietinhas pulsando de dor, eu sei. Mas infelizmente é necessário. Logo a boca parará de amargar, e a trilha sonora talvez também mude. Tente ver como nova fase e não como o fim, viva o luto, mas depois se lembre que você fica bem melhor de verde. Sinta-se abraçada nesse fim de domingo, espremida mesmo, e saiba que ‘tô aqui’, você sabe que sempre estive.

domingo, 17 de março de 2013

(?)



Me fez chorar em algumas cenas, não sei se já assistiu, mas se puder, veja!

http://sofilmesoline.blogspot.com.br/2012/12/as-vantagens-de-ser-invisivel-filme-2012.html


Respostas (?)




Sei lá, mas eu acho que minha garrafa solta no mar com meu pedido de notícias não chegou até você. Ou quem sabe chegou, e você achou melhor não responder. E nessa nova tentativa – frustrada ou não – espero com todo o colorido de vida que há em mim, e que me lembra você, que meu pedido caia em tuas mãos, frente a teus olhos e que uma vontade sufocante te faça escrever e me traga notícias suas. Sabe, ando pensando sobre as épocas do ano em que fica mais sufocante a saudade. E passo a acreditar a vida fará isso comigo senão pra sempre, por um bom tempo ainda.       Enfim, nada de novo. Aqui só vão saudades engarrafadas e um beijo nas mãos. 

- no aguardo.

terça-feira, 12 de março de 2013

- Eu sei que se ver, vai entender... então... me dê notícias (?)





Em um verso ou em um escrito qualquer, uma música, uma dúvida, 
quem sabe uma saudade. Queria tanto saber de você!
Nas entrelinhas dos meus pensamentos tenho esbarrado em você.
E correndo para o horizonte, correndo a 110, 120 ou 160 km/h
ainda não consigo saber de você.
Dentro dessa pseudo-liberdade, a infinitude do não entender
sempre te trás por aqui. Enganada ou correndo pro lado errado,
aposto na dúvida e não na certeza da sua resposta.
Uma confusão americana não nos descreveria.
Telefonemas também não são suficientes para expressar nada.
Me agradam mais os escritos.
Nas curvas dos sorrisos que você me deixou desenhados na memória,
existe uma saudade dos abraços e do cheiro do chiclete de menta. 


Ps: por favor entenda.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Tomando uma história emprestada...


Estive conversando com um amigo que me dizia coisas sobre essa estranha mania de amar e não estar ao lado do seu amor. Conversava sobre como sentia um mundo de verdades e vivia uma mentira pra se manter afastado do seu amor. Não conseguiam se manter ao lado, e de longe se observam fingindo que não. Fingindo o esquecimento, vivendo as lembranças e a saudade que salta do peito diariamente. Achava engraçado seu olhar distante e seu sorriso quase irônico enquanto falava. Como se estivesse parado no tempo assistindo sua historia de amor fracassada passando logo ali adiante.
            Ele me contava coisas sobre as intensidades que só foram sentidas ao lado do seu amor, mas que essa intensidade tantas vezes fora nociva lhe tirando o prumo, o rumo e a sanidade. Me falou de noites quente e tardes vazias, com a companhia mais agradável até o desejo de fugir pra o mais longe que conseguisse, onde não houvesse comunicação, onde não houvesse a simples possibilidade de contato. Falou da dualidade desse sentimento, da necessidade de estar perto, com sentido de vitalidade e também do querer estar longe porque ate a menção do pra sempre incomoda. Ele me falou da vontade de dizer ‘te amo’, mas não com a intenção de reatar. Simplesmente pra desengasgar e conseguir falar de outra coisa senão do amor. Simplesmente pra que ela saiba que o amor que tanto sentiram - e sentem - não se transformou em esquecimento.
            Depois que desafogou todos esses pensamentos jogando-os no meu colo, sorriu e disse que sente sim tanta falta e que tem hora que pensa que não vai mais conseguir respirar ou dar o próximo passo. Riu e entre seus dentes deixou escapar verdades embriagadas que só tinha compartilhado com o travesseiro. Me disse ainda, que vive sim com alguém que tinha tudo pra dar certo, mas que o certo não o inunda de vida como o errado costumava fazer. Deixou escorrer uma lagrima, pagou a conta e foi embora. Fiquei o olhando arrastar um amor acorrentado aos pés e a alma... E é triste pensar que ele sabe tudo dela, e ela sabe tudo dele, mas o que eles não sabem é como fazer pra ficarem juntos. Pelo menos não fisicamente, porque ao menos suas almas estão de mãos dadas trocando farpas e caricias como quando seus corpos estavam juntos se amando.  

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Tententender



Se eu disser que vi rastejar
A sombra do avião feito cobra no chão
Tententender a minha alegria
A sombra mostrou o que a luz escondia

Se eu quiser ser mais direto
Vou me perder melhor deixar quieto
Tententender, tentenxergar
O meu olhar pela janela do avião

Que amor era esse
Que não saiu do chão?
Não saiu do lugar
Só fez rastejar o coração

Se eu disser que tive na mão
A bola do jogo, não acredite
Tententender minha ironia
Se eu disser que já sabia

O jogo acabou de repente
O céu desabou sobre a gente
Tententender, quero abrigo
E não consigo ser mais direto

Que amor era esse
Que não saiu do chão?
Não saiu do lugar
Só fez rastejar o coração

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Dias de terapia são confusos


Pensando-na-vida_large
- Queria entender porque escrevo essas tantas cartas que nunca serão enviadas – mesmo sabendo que elas são lidas de uma forma ou outra. Queria entender porque faço furacões, confusões e um esforço enorme pra mudar e no final estou aqui escrevendo sobre a falta que nunca passa dentro do meu peito. Queria por um instante ao menos saber a idade que eu tenho: a de uma múmia ou de um recém-nascido, igualmente perdidos numa estrada que não sei se volta pra casa ou se vai pra algum lugar longe demais daqui, onde teoricamente você está. Dai surge outra vez aquela vontade de gritar de que te falava, lembra? Simplesmente abrir os pulmões e deixar fluir toda energia que minha terapeuta disse que passo a vida contendo... mas, vontades? Quando pude confiar nas minhas? Elas são tão mutáveis! Mas porque o são? As vezes queria entender porque nunca tive a tranquilidade sonhada – ou não – da monotonia. Confesso que as vezes sinto falta de pensar que eu ao menos desconfio o que eu quero, porque o que eu quero ao mesmo tempo já não é um querer mais e me confunde pensar que eu quis e agora me desfaço como se não me importasse pra daqui a pouco me arrepender de ter desejado, tido e ido embora. Rotinas! Tudo se resume a isso ultimamente, sei exatamente qual o ciclo que está em ação e qual a próxima fala do ator/atriz que entrará em cena. Minha querida terapeuta disse que talvez eu deva fazer algo que me dê entusiasmo, mas como se tudo tem me entediado e hoje o que mais me faz flutuar são planos de um país distante daqui um tempo que parece muito mais distante ainda dessa minha realidade confusa que eu insisto em não desamarrar dos meus pés como uma grande bola de chumbo presa ao meu tornozelo. E eu tenho culpa? Afinal não fiz como disseram que precisava ser feito? Mesmo tremendo de medo do esquecimento enfrentei o luto da Rosa e quando recebo elogios dizendo que quase o terminei de elaborar, minha vida parece tão sem sal quanto os tons pasteis que a estão colorindo. De verdade, não entendo. Não faz sentido, não faz sentido como a vida nunca fez sentido pra mim. Não faz sentido como a saudade que sinto não faz sentido, quando o mundo está de cabeça pra baixo e eu desisti de endireitá-lo. Se quero fugir? Quando não quis? Sou totalmente adepta e a favor da fuga, afinal, fugi tanto tempo de você, por que não posso continuar fugindo desses meus quereres distorcidos? Convençam-me que estou errada! 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O mundo gira, mas não deixo de sentir saudades.



A vida deve estar me pregando algum tipo de peça, sentada em alguma estrela viajante e nos assistindo lá do espaço. Porque por mais que ela gire, gire, gire e volte a rodopiar eu ainda estou aqui sentada escrevendo sobre as minhas tantas saudades que guardo de ti. Sim, o emprego novo vai bem, os estudos também estão indo bem (mesmo que em particular), obrigado! Mas e você? Onde você está senão aqui ao meu lado? Tenho tanta novidade pra te contar... Te falar das minhas desistências, do meu presente cheio de conquistas e dos meus planos futuros. Presente e planos que não têm você, porque da sua ausência eles estão cheios.
Estou esperando os ditos familiares se cumprirem e as coisas chegarem ao lugar com o passar do tempo. Tenho tentado adaptar minha rotina à minha saudade e sigo conversando com você, mesmo que por telepatia, mesmo que em psicose, mesmo que dentro do meu coração. Na verdade falo com você o dia todo, te conto das minhas mudanças de ideia, de como aprendi a dar o braço a torcer, te contando como foi meu dia ou quem sabe reivindicando teu colo quando esse gira-mundo me tontear. E tenho materializado esses nossos diálogos que são mais meus do que seus. Tenho escrito, desenhado e colorido a vida tentando me entende, te entender e me conformar com a falta de você aqui... estou catalogando sua ausência, quem sabe um dia você não possa ter contato com ela e assim ver como a saudade pode agir no âmago das pessoas... Enfim, sei que te tenho comigo porque seu amor ainda mora em mim, mesmo que não te abrace, mesmo que não lhe acaricie os cabelos em um fim de tarde enquanto bebemos algo quente, sei que você está comigo, mas nenhum plano posto em pratica e nenhuma novidade estimulante é capaz de desviar meu pensamento de você. Você é parte de mim e assim como não se arranca um membro eu nunca teria como – mesmo que quisesse – de te arrancar da minha historia. Te amo e sinto saudades. 



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Não vai passar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Quando mais nova, diziam que eu era ‘mansa’, calma, que era uma pessoa simples de lidar. Diziam que meu coração era bom e puro e que eu sabia perdoar com uma facilidade digna de anjo. Quando mais nova, eu tinha uma facilidade tão grande em acreditar nas pessoas, na vida, no arrependimento delas por seus erros, que eu até era crente de todos os adjetivos que me atribuíam e dessas imensuráveis qualidades que atrelavam a minha personalidade... mas estive observando, vendo como as vezes uma raiva tirânica toma conta de mim e leva minha racionalidade pra longe das minhas ações. Fico cansada, fico com raiva e sinto tanto medo. Não sei se é esse misto de saudade, revolta e infantilidade, que faz de mim uma criança mimada e acuada por tantos nãos e frustrações que teve, que não consigo arrancar de mim esse buraco negro que tenho dentro do peito. Passo tanto tempo sem falar do monstro que quando ele aparece parece ter o dobro do tamanho da ultima vez que o vi e ai só resta uma coisa que ainda consigo fazer: chorar. Fiz tanta besteira, cometi tantos erros por desespero, simplesmente querendo fugir desses monstros que me atormentam... passei toda essa fase querendo não olhar, não sentir, não tocar e muito menos enfrentar, que hoje quando olho pra trás, fiz do momento mais delicado da minha vida uma coisa feia, sem sentido, recheada de mentiras e de negações de um sentimento de mão dupla... O amor. É clichê, eu estou sendo repetitiva, eu sei... e também não me importa o que pensem sobre minha falta de originalidade, mas é que eu sinto tanta saudade e essa saudade faz brotar no meu peito uma revolta sobre o porque dessas coisas insistirem em acontecer! Meu conceito de justiça não combina com a ordem que a vida segue, não combina com como o mundo gira e sobre como as coisas acontecem. Sou uma eterna desajustada, não sou como me descreviam a um tempo atrás, sou o contrario. Sou fúria adormecida por medo de quem posso vir a me tornar. Não tenho aquela capacidade de perdoar que me disseram que eu tinha, na verdade, sinto vontade de matar uns e outros por ai. 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Hello sunshine!


- Olá querido mundo particular e inabitado! Como tem passado esses dias em que não venho lhe visitar? Peço-te que perdoe minha ausência, tive que permanecer fora pra viver um pouco. Andava me sentindo presa, sufocada, com uma necessidade tremenda de respirar. Hoje, te olhando agora que vim lhe visitar, percebo como eu estava afundada em mágoas e em medos de repetições. Sentada em meio ao mofo por ausência de sol, por ausência de vontade de abrir as janelas e deixar o calor entrar. Andava trancafiada junto com minhas frustrações e saudades e não via nada e nem ninguém que quisesse me tirar dali. No escuro não vi como você andava sujo, querido mundo particular. E essa, apesar de ser uma visita, poderá ser comparada a uma visita de médico, vim tentar curar-te... fazer de ti outra vez meu mundo particular que me refugia e me protege, e não um lugar que me esconde e faz com que me sinta cada vez mais hipotente. E pra começar, hoje, só uma medida simples será tomada... abrirei todas as janelas e deixarei o Sol entrar com toda sua majestade, com toda sua luz e calor! Seja bem vindo Sol!!!!!