segunda-feira, 4 de abril de 2011

Paradoxal.


Eu nunca quis mentir essas tantas verdades,
mas hoje meu bem,  estou sem um pingo de sono 
e com o paladar aguçado para tudo que for ácido.
Ela me disse "se permita viver, apenas isso"
Oh meu bem, as coisas não são tão simples assim
Afinal, eu nunca fui tão simples assim, certo?
Penso, penso e repenso...
e novamente o tempo de agir já passou
Não quero ideais para viver minha vida
quero uma realidade que me agrade vivê-la
Mas por favor meu bem, por favor
não espere que eu vá te ferir pra ter o que quero
É que eu sempre tive esse péssimo hábito 
esse hábito de considerar de mais,
quem nem merecia respeito, e vice-versa
Comigo as coisas sempre foram invertidas mesmo.
Minhas ansiedades não param de crescer,
e meus desejos e vontades estão a flor-da-pele
(Que bom que aprendi a dissimular meus semblantes!)
Em que momento perdi a minha espontaneidade?
De fato essa é uma ótima pergunta meu bem.
Pode ter sido só mais uma pulsão de sobrevivência;
só mais uma tentativa de adaptação (ao que não é adaptável)
Tudo em vão e sem porquês. Paradoxal.
Nunca tive instintos violentos, mas hoje estou procurando pro briga!
Por favor me traga uma dose de qualquer bebida forte!
Quem sabe José Cuervo me derrube na cama;
Talvez algumas doses, ou algumas garrafas
me façam escapar dessa realidade frustrante.
Quero algum anestésico, uma válvula de escape.
Alguém para descontar minha raiva de mim mesma
e depois morre der rir disso tudo aqui dentro.
Quem foi mesmo que disse que rir de tudo é desespero?
Melhor ainda meu bem! Cancela a a tequila e o anestésico.
Cancela também a briga e as gargalhadas nervosas
e veja se me trás um pouco mais de você.
Quero uma overdose dessa complexa mistura 
quero pele e quero paixão, sentimentalidades e prazer.
Amanhã voltamos a conversar essas questões de sobrevivência!
Mas por hora, me traga um pouco mais de você. Meu bem!

[...]

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