quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A Dança.



E de repente me pego pensando nas revoluções que eu tanto ensaiei e que só agora tenho de fato, colocado em prática. De alguma forma estou feliz por ter conseguido fazê-las criar vida própria e saírem do enredo utópico em que eu escrevo meus sonhos. Tenho a minha disposição dois referenciais sobressaltados, um aprendido na escola e outro aprendido em uma produção cinematográfica, faziam menção à dança que acontecera quando um grande passo fora dado, quando uma grande revolução fora incitada e teve um decorrer feliz. A frase dita pelo personagem principal do filme latejou na minha cabeça por muito tempo sem que eu conseguisse assimilar o real significado dela. “Afinal, o que é uma revolução sem dança?”. E só hoje eu pude entender a magnitude que é dançar após uma revolução. 

Fico pensando como é incrível que existam momentos em que a compreensão não se faz possível, e as coisas nos passem tão desapercebidas, como estímulos falhos, não são o bastante pra que nos saltem aos olhos os significados. Hoje sei que não entendi o real valor dessa ‘dança’ porque não havia a vontade de dançar, e se não havia essa vontade era porque as revoluções não haviam sido incitadas, ou então mesmo que o ponta pé inicial tivesse sido dado, o par com quem eu valsaria não estava próximo o bastante.  

Pois bem... se estou aqui, deixando de ser sucinta, é só porque queria te dizer, que hoje, o que eu mais quero é que você seja a dança da minha revolução. Com você minhas verdades são completas e que longe de ti, minhas verdades se tornam metades, e que meias verdades nada são que mentiras bonitas, são teorias louváveis sem a prática que as sustentem. Sem você por perto eu sou desistência por preguiça de lutar. Longe, sou pedaço da dimensão que é existir, sou saudades irracionais de você, como se tivéssemos estado uma vida em soma. Com você sou a falta de comparações plausíveis, porque você é a cena inédita do enredo, você é a nota da canção que me faz arrepiar, você é a prova das coisas que eu tenho acreditado sozinha, você é o meu corpo queimando de vontade de lhe ter, é a minha ansiedade aumentada, você, são as minhas mãos atadas, a minha crença ingênua no amanha, você é o sentimento que não sei como explicar, você é quem me faz ficar acordada e é o seu sorriso que vale uma poesia.

Ps: Nem precisava ter receio, nem era nada de mais. 

Um comentário:

  1. Com você minhas verdades são completas e que longe de ti, minhas verdades se tornam metades, e que meias verdades nada são que mentiras bonitas,




    TU ESCREVE DEMAIS MENINA


    BJÃO

    ResponderExcluir