quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Bem


         Bem, admito que você tinha razão – outra vez – as coisas não seriam sempre rosas, e não foram mesmo. Tenho trago o braço quebrado quase amputado, tamanha a torção quando minha referencia é você. Os seus beijos sem bagagem me fazem querer te trazer de vez pro lado de cá, pro mundo que nasceu de um olhar descuidado que se encontrou e que se reconheceu. Minhas palavras de repente parecem tão confusas, diria ate sem nexo, já que toda a pouca logica que eu acreditava ter você furtou junto com meu coração.
          Fico intrigada, nem sei se seria essa a palavra, penso que talvez seja encantada, com todo esse emaranhado de sensações que você me provoca quando a cada beijo me convence que o melhor sempre será o ‘nós’. Eu que sempre me julguei moderadamente articulada me sinto roubada quando me vejo sem minhas munições de palavras que pudessem dar continuidade a um determinado dialogo, mas não, você sempre comprova sua capacidade de me deixar muda, e acarreta reações do gênero: frios na barriga e arritmias cardíacas e depois fala que é culpa do café, hilário.
           Às vezes sinto medo do que desejo e quase me fecho, digo quase porque mesmo quando prometi nunca mais falar com você, bastaram alguns instantes pra que meu coração reclamasse sua presença, e eu já entendi que é inútil querer ou tentar me manter distante de todos os seus olhares, e beijos, e carinhos, e bens, e todos os arrepios que me desmancham mesmo com tanta distancia FÍSICA. Tenho em mente um plano perfeito, alguns afagos amorosos, uns versos decorados que estavam esperando alguém como você para serem ouvidos. Tenho motivos e porquês não muito bem elaborados, mas tenho também toda uma gama de verdades que te faram perceber o quão longe podemos ir se permanecermos assim, lado a lado, de mãos dadas, de corações colados, com os olhos voltados para esse sentimento, e com os lábios encostados comprovando o quão significativo pode ser beijar alguém que se ama meu bem.
       

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