domingo, 8 de abril de 2012

Saudade tem nome de Rosa


E daí se eu nunca entendi o tempo?
Se sempre o interroguei e deixei claro que não concordava com ele.
Quando eu precisava que eu passasse um pouco mais lento, ele resolvia que tinha que correr, e quando eu queria que ele desse uma acelerada, que fosse pra matar logo uma saudade ou quem sabe pra que uma ansiedade fosse sanada, ele parava pelo caminho pra tomar um café com a minha paciência. A mesma que sempre tentava incessantemente convencê-lo de andar um pouco mais depressa, acabava se perdendo pelo mesmo caminho e me deixando a sós com o tempo implorando pra que ele caminhasse.
Não tenho tantos dedos quanto tenho medos pra contá-los, mas me falta a coragem que via jorrar dos olhos da rosa mais linda que já conheci para enfrentá-los. Deito na minha cama a noite, e tudo que consigo fazer é olhar pro teto e me lembrar de como era deitar no teu colo. É inevitável que eu chore, é inevitável que a dor e a saudade me abracem, e tudo que eu posso fazer é rezar. Sinto tanta falta, sinto tanta raiva de não ter conseguido fazer nada, e odeio mais ainda o tempo por não atender meus pedidos e me deixareu voltar pra perto de você.
Entendo o fato de toda coleção de fatalidades e surto quando penso na falsa noção de justiça com que somos obrigados a nos contentar. Me agarrando a fragmentos de motivos pra continuar, imagino seu sorriso se pudesse participar das pequenas conquistas que tenho tido. Hoje, o vermelho tem outro significado, as rosas são mais lindas do que nunca, a minha vontade de ser hippie está apenas nas batas que você costurou, o taxo de cobre já não faz mais meus doces, o assobio já não é mais uma conversa, a resposta pro meu medo já não é a sua voz rouca, suas plantas estão sendo podadas e a minha saudade só faz crescer.

De fato os bons morrem cedo demais!

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