domingo, 20 de maio de 2012

Lareira e chocolate quente, por favor.

                         


      Eu deveria me desculpar ou simplesmente fingir que nada aconteceu? Sei que tenho esses tantos medos desenhando essas correntes em volta da alma, mas sei também que as tenho quebrado aos poucos, só falta paciência pra esperar a liberdade que me aguarda. A liberdade da alma, a vontade de voar sem pouso certo ou obrigatório e apenas estar só, só consigo, só em si sem medos te fazendo companhias desagradáveis e cansativas.
      - Tem tanta coisa guardada – penso. Tanta coisa desnecessária – concluo. Poderia vocês serem gentis e me indicar um deposito que esteja disponível, pra que eu me livre de tanta coisa desagradável e que só tem servido de peso? Sim? Não? Falem mais alto, pois daqui onde estou não consigo ouvir vocês.
      Eu mesma tenho me feito o convite de viajar por ai, mas nesses diálogo peculiar, descubro que pra quem tem facilidade de convencer os outros por conta de tal persuasão, não tem tantas habilidades assim consigo mesma, por isso permaneço presa em mim, moradora de uma alma que tem essa floresta escura como quintal.
       Nunca gostei de visitas nessa minha moradia, sempre temi que se assustasse por medo do escuro frio e saíssem correndo de mim, por isso sempre só trouxe convidados até a casa de verão, onde sempre faz sol, o clima está sempre agradável e eu não preciso me preocupar com cobertores pra que se aqueçam. 
      Daí me perguntam de onde vem esse receio (ou preguiça) de mostrar-me... ele vem de experiências frustradas, de vezes que tentei que se adaptassem e tudo que fizeram foi fugir. Então que conheçam a casa de verão quem não sabe acender lareira e se aconchegar no frio.
       Sempre me senti mais confortavel em meio ao frio que inspira maior contato aos amantes e faz florecer a inspiração dos poetas melancolicos. Sempre gostei do apse da paixão que o frio desperta e do sentimentalismo torrencial que aparece tao veementemente. Acho mesmo uma pena pessoas não conseguirem enxergar a beleza camuflada na ausencia total de luz e no aconchego que o frio trará a alma se souberes observá-lo e sentí-lo da maneira certa.
       Aos que não parecem ter essa capacidade, só consigo me lamentar. Aos que fogem do escuro por medo de ouvirem verdades que o silêncio trará, só posso desejar que aprendam a ouvir suas verdades e que parem de usar o sol e seu excesso de luz para se cegarem propositalmente. 
    Parem de fingir, parem de se trair e trair o que sentem. Simplesmente tente viver segundo o que acredita ser o certo, desde que nao interfira na felicidade alheia. Se permita, faz bem. Esses tantos enlaces que te colocam ao longo da vida, esses nós que prendem os pulsos, só fazem você acreditar em fragmentos de verdades que nada mais são que alusões do que você realmente deseja. Queira o que voce quer, não o que querem pra você. E o que queres, enfim? sabes responder a uma pergunta tão simples?
           

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