quinta-feira, 7 de junho de 2012

Pedido de perdão.


Os meus versos estiveram fragmentados por esse ‘algum tempo’ que pareceu extenso demais até agora, para os olhos e ouvidos que estavam habituados a tantas formas expressivas do nosso amor. Eu sei, e me dói ainda perceber como fui de certa forma, negligente com você e com nosso amor. As tantas gotas de sofrimento que caíram dos meus olhos, tornaram nubladas nossas verdades. Me escondia o tempo todo atrás dessa cortina de fumaça e acreditava que assim você não poderia ver o horror que era estar em contato com essa dor. Porem a questão é que, a medida que camuflei o que me torturava, deixei de lhe mostrar o que eu sentia por você e que nasceu de maneira tão inesperada e tão pura. Amor de verdade, amor que faz chorar a qualquer menção de abandono ou a qualquer declaração de amor inesperada. Aquele amor que tantos esperam encontrar e que poucos conseguem, nos escolheu e fez de nós exemplos de romances clássicos. Aqueles que têm brigas e reconciliações, beijos e mordidas, planos e saudades, medos e seguranças inexplicáveis que vem do nada simplesmente quando se mergulha no olhar de quem se ama. E se tem algo onde sempre me perco é no teu olhar. Olhos profundos que devoram qualquer receio e que em uma rasteira de amor me joga direto no chão e me embrulha de beijos e caricias.
Meu amor por você pode ter sido de certa forma embaçado pelo meu medo de me mostrar, por conta da minha covardia em demonstrar quem também habita em mim a fragilidade, em ter fracassado por ter lhe prometido ser pra ti, alem da tua força pra poder lhe cuidar quando o mundo lhe parecer pesado demais, e olha só como estamos, comigo o tempo todo necessitando de seus cuidados, mas só queria que soubesse por meio dos poucos escritos perto de tantos que já lhe dediquei, que as armaduras estão postas de lado e que estou entregue novamente a você, meu amor, meu bem.

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