terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

      


    Verdade seja dita... Há tempos não me sentira tão atingida por um texto. Um amontoado de palavras em uma composição maestral, parecendo ter sido feita pra trazer a tona as minhas causas perdidas.
      Me vi presa a uma realidade que menosprezara a algum tempo, senti vergonha por estar vivendo uma vida contrária da que sonhara um dia. Senti vergonha por ter abandonado minhas causas, causas essas que mereciam alguém mais leal, que as defendesse a todo custo, e não quem as abandonasse desprotegidas e negligenciadas pelo caminho, quando me deparei com as primeiras dificuldades.
      Confesso que senti um tom irônico, um sabor amargo de sarcasmo naquelas linhas, meu rosto queimou, meu estomago deu piruetas e me senti nauseada. Como é isso de se tornar alguém tão diferente de quem se quis ser no passado? Será que sempre tendemos a ser quem menos simpatizamos? Será que a lógica do sistema é apontar e depois ser apontado?

“Os mortos que fazem a historia da humanidade estão mais vivos, mais presentes que nós, nós, que nos apresentamos agora e aqui, passivos e inertes.”


Quem me tornarei?!?!?!

Um comentário:

  1. Sua frase, "Torna-te quem tu és." Nietzsche. Então... torna-te quem queres ser, antes que fiquemos cansados demais e com o tempo escasso. E fica, cada dia fica... Os cabelos brancos são mesmo de tanta força que se deve fazer, proporcional aos anos velhos vividos, para manter-se um pouco são nesse caos morno que o mundo vai tornando-se a cada dia. Tome seu pincel e colora aonde desbotar. Conta comigo parceira de Alma. Paz e flores. beijos

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