quinta-feira, 26 de maio de 2011

Torto.


Consegues perceber a beleza nas curvas tortuosas dessas árvores baixinhas, de casca grossa e raízes demasiadamente profundas? Você conseguiria entender se eu te falasse da necessidade que ela tem em ser assim, de cascas grossas, formas tortas e raízes profundas? Teria você a capacidade de absorver para si os conceitos de proteção que ela tem pra te ensinar? De notar em cada pequeno detalhe nada simétrico como o belo não é o óbvio? Se eu te dissesse que não é fácil ser assim, e que essa forma de ser, é a única forma que encontrou pra sobreviver, e que no torto que nela habita tem mais significado que a maioria das outras árvores - pessoas - seriam capazes de compreender? Você teria olhos pra enxergar suas raízes demasiadamente profundas e reconhecer que são elas que possibilitam a vida? Seria sensível o bastante pra notar que suas sementes são tão bem protegidas, que na maioria das vezes precisa-se de fogo pra que elas se rompam e dêem forma a outra vida? Curioso pensar como até o fogo que é visto como algo destrutivo, pode ajudar a vida desabrochar? - Nem o bom como muito bom, nem o mau como muito mau! já dizia minha avó. E ainda falando de sensibilidade, notaria o sabor forte que têm seus frutos, e que precisa-se ter alma de anjo para conseguir degustar? Do contrário, repunarás até se sentires o cheiro....


"NEM TUDO QUE É TORTO,
É ERRADO.
VEJA AS PERNAS DO GARRINCHA
E AS ÁRVORES DO CERRADO."


Reflita!



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