terça-feira, 16 de agosto de 2011

Estranho contentamento


Eu queria escrever sobre esse estranho contentamento que estou sentindo, mas parece-me que palavra alguma serve pra poder descrever ou alcançar a plenitude dessa sensação. Reviro o meu bauzinho de palavras legais, remexo a minha coleção de expressões eufóricas e me perco nos escritos não divulgados de outrora e nada de encontrar algo compatível com o que estou sentindo.

De repente tudo parece tão pequeno, tudo parece tão distante e eu estou com vontades insanas de abraçar você. Vêm e vão à minha mente as fotografias que tirei com os olhos daquele lugar. As árvores, a areia, a água e por fim as raízes. Aquela sensação de lugar seguro pra se guardar, pra se escrever uma historia, para se construir um sonho, pra se recordar de suas verdades.

Eu estava feliz! Eu estou feliz! Senti tanta vontade de dividir com você aquela sensação, aquela paz pela qual tanto rezamos. Era como se estar ali bastasse pra que eu fizesse as pazes com a vida, e fosse tomada do nada dessa vontade de abraçar o mundo, de abraçar você. Mas a chuva ainda não veio!

Naquele santuário eu limpei minhas feridas, refiz os curativos e na água que caía eu lavei a dor da alma, lavei a sensação de impotência que havia tomado conta de mim há alguns dias, e agora me sinto leve e com a força que sei que vou precisar. Já ia me esquecendo. Houve também um achado.

Algo me surpreendeu, confesso! Branca e simétrica, perfeita para a coleção de outrora, uma coleção de criança que sabe se deslumbrar com coisas singelas, se lembra? A chuva ainda não veio, mas a água caiu de uma forma tão intensa que fez transbordar os olhos de minha alma. Que me fez elaborar mil e uma teorias dos porquês que tanto têm me castigado.

Analisando cada uma, vejo hoje que apenas duas têm um fundamento plausível, acredito eu, que até a próxima chuva eu vou ter alguma certeza pra te contar. Sabe, é boa essa sensação, traz calma, traz paz, traz cuidado. Veio à tona, o saudosismo dos sonhos não vividos, e a vontade de retomá-los. Eu vi a graça irônica nas confusões em que já me meti, e percebi como essas questões de intensidades me são importantes. E como a intensidade do pouco que já vivi me faz querer continuar.

Ps: Estou com saudades!

Um comentário:

  1. esta foto novaé menos mistreiosa

    eu ando sentindo tédiodepois de toda dor e sofrimento
    uma serenidade
    nummsei se é boa
    mas continuo achando
    s coisas aqui parecidas comigo
    abraços

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