domingo, 6 de novembro de 2011

Sei lá...

Sei lá... Acho que existem momentos na vida em que, sei lá, sabe?
Aqueles momentos em que do nada, sabe, a gente percebe uma tonelada de coisas que estavam tão à mostra, e que por teimosia a gente insistia em não ver...
Ah! Sei lá... Só sei que não tenho sido a pessoa mais coerente do mundo, até admito que minhas inconstâncias diminuíram, mas ainda sim, ainda sim não sou tão coesa quanto gostaria de ser...
Mas sabe me absolvo toda vez que penso que seres humanos e bom senso raramente rimam, e quando rimam afastam-se da beleza que é ser esse paradoxo delicioso que chama tanta a atenção... Sei lá...
Por outro lado, há ainda a minha coleção de certezas que, mesmo sofrendo alguns trancos, ainda permanece aqui comigo. Eu já tive mais itens nessa coleção, mas acho que tenho tantos espaços vagos nela agora, que nem sei se deveria se chamar assim. Acredito que com o passar dos dias, sem perceber, me tornei colecionadora dedicada de dúvidas e questões que só me fazer perder o sono e a credulidade no mundo. Mas sei lá... Tudo bem, tanto faz...
Sei lá sabe, hoje acho que estou com aquela sensação de “não-encaixe” nesse mundo feio. Com aquela ideia fixa de que, se tenho um lugar meu, ele ainda tem que ser construído. E o pior, construído por mim. Tudo bem, tudo bem, eu sei o que você vai dizer agora. Vai dizer que se depende de mim, as coisas não são tão complicadas como eu estou dizendo que são, ou estou tentando fazer parecer ser... mas acontece que, olhando pelo ângulo do meu comodismo patológico, da minha preguiça dessas pessoas e do cansaço quando o assunto são revoluções, acho que esse lugar não vai estar a minha disposição tão cedo... Sei lá.
Estou pensando que talvez eu possa ter caído novamente na ideia do “cancerianosemlar”. Novamente implicada com a ideia de pertencimento, e morrendo de medo de sair desse lugar que traz essa pseudo-segurança pro meu mundinho chato... mas sei lá...
Talvez eu sobreviva, talvez não... sei lá, só acho que cansei de reticencias...

[...]

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