segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Desmontando a saudade no mês de agosto


Meu coração se desfaz em tantos pedaços quando a saudade de você aperta! Tantos pedaços que eu não poderia contar o numero de lagrimas que tem caído de meus olhos desde que minha Rosa se foi. E por mais que eu tente abafa-las e evitar que elas me escapem, elas seguem o seu curso frenético impedindo que qualquer coisa alivie a dor que a falta trás.
Como já tentei explicar aos que ficaram como é sentir-se assim! Como é perder quem mais se amou nessa vida, a única por quem você daria sua vida por um abraço! Tão inútil quanto qualquer outra tentativa de burlar a dor é querer fazer entender a quem nem sabe diferenciar amor de verdade de mero gostar social, ou sei lá qual a ordem que os sentimentos dessas pessoas decorram.
            Eu continuo com medo e com frio, queria saber o que fazer com essa saudade e essa falta que me abraça todas as noites, mas eu não sei. Sou fraca, sou de carne, osso e o pânico corre com uma intensidade considerável em minhas veias, e eu juro que tentei mostrar isso pra quem ficou, mas por não terem visto, desisti. Agora me respondam, como se continua a vida não tendo quem se ama do lado? Vivi tempo demais dentro de uma segurança digna de soluços de emoção. Ali não importava o que eu fizesse ou quem eu fosse aquele sempre seria o colo que eu poderia deitar no final da tarde, e que curioso, foi no meu colo que ouvi tua ultima respiração.
Esse é o mês do seu aniversario, como diria você mesma, mais uma primavera que se completaria. No ano que passou e você ainda estava aqui, lhe dei rosas com um cartão que agradecia a Deus por enfeitar a vida com as flores e em especial a minha com uma Rosa tão linda. Eu vi você se emocionar com os escritos, será que sabia que era o ultimo aniversário? Será que sabia que sabia que enfeitaria minha vida por só alguns meses pela frente? Eu poderia imaginar o que iria acontecer tão em breve? ...
            Só queria que soubessem que desisti de tentar fazer vocês entenderem, e que cada vez que uma lembrança vem à tona eu a abraço e choro sozinha, no meu mundo onde ela existiu e cuidou de mim enquanto eu também lhe cuidava. Queria dizer que vocês não sabem como é ruim chegar a hora em que era sagrado encontrá-la e simplesmente não ter pra onde ir. Vocês não sabem e eu desisti de querer fazer entender, por isso o silêncio, por isso o querer estar só comigo e minhas lembranças do que era seguro!

Um comentário:

  1. My goodness... Memórias fantásticas! Guarde-as, preserve-as... são esplêndidas!

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