segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sorrisos.


Vamos lá, me parabenizem!
Parabenizem-me porque se tem uma coisa que sei fazer bem é fingir.
Fingir sorrir enquanto ouço você falar sem prestar nenhuma atenção, fingir prestar atenção enquanto há um sorriso nos meus lábios que faz parecer que o assunto me agrada ou a lágrima nos meus olhos que faz parecer que estou comovida com você e com seu mundo patético é legítima.
Dê-me os parabéns, porque não conheço ninguém que consegue interpretar por tanto tempo um papel com tamanha perfeição pra esconder encolhida ali atrás da porta da sala de estar da minha alma, toda tristeza que mora nela. Um feito como esse mereceria mais que uma citação no livro dos recordes, mereceria a total absolvição de todos os medos que não deixam esse sorriso desaparecer. 
A vontade de matar e depois morrer deveria desaparecer também, penso que seriam premiações perfeitas pra atos nada heroicos de burlar o sistema da vida e continuar agindo como se nada que acontecesse afetasse ou fizesse alguma diferença. E será que realmente fazem? Será que alguma coisa vai doer enquanto essa dor tão grande mora aqui? Acho que não! Melhor continuar sorrindo porque a loucura é privilégio de poucos, e eu ainda não enlouqueci pra desfrutar do mesmo...
Apreciem os sorrisos que não consigo evitar!

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