segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Amigo, saudade.

Nossa, quanto tempo, meu amigo. Saudade apertou e num sufoco desabafo tudo em cima de ti. Peço desculpas por toda essa minha negligencia, mas você sabe que vez ou outra me fecho aqui dentro e fico quietinha com as janelas trancadas pra que o sol não ofusque meus olhos e pensamentos, e foi só por isso que não havia vindo lhe visitar ainda.
Aquele mês voltou, e com ele seus fantasmas. Pensei que seria mais fácil, e já no 4º dia estou aqui me desmoronando em você. Tudo me cansa, tudo me irrita o no final eu só tenho você, ou você que me tem, ou ninguém possui ninguém e na verdade estou falando sozinha comigo mesma. Vertigem. Saudade pros que sabem me ler.           Frescura com lascas de loucura pros que conheceram o eu de agora. Estou rindo e você não entende o porque, né? Estou sendo sarcástica e machucando você, meu amigo, mas me perdoe, saiba que não faço por mal. Só estou prendendo o choro e a respiração pra ver a dor sessa. O suspiro constante e a perna que treme, denunciam um ranço de dor que nunca vai embora. Porque não consigo enxergar a finitude das coisas. Seria tão mais delicadamente respeitoso para comigo e com sua historia. Para com o amor da menina do laço de fita verde e vestido prensado.

Ah meu caro amigo, de uma amizade tão cara quanto a paciência com um esquizofrênico. Poderia me visitar mesmo quando não clamo por teu colo? A dificuldade de pedir ainda está por aqui, e ela, assim como o meu amor, está tatuada em mim. Fico sem jeito, sem cor, sem graça de sempre recorrer a ti, mas o que fazer se é apenas você quem cabe dentro de mim e me faz caber na vida que a vida me presenteou?  Enfim, venha tomar um chá qualquer dia desses.

Um comentário:


  1. Estou a tentar visitar todos os seguidores do Peregrino E Servo, e verifiquei que eu estava a seguir sem foto, por motivo de uma acção do google, tive de voltar a seguir, com outra foto. Aproveito para deixar um fraterno abraço.
    António Jesus Batalha.

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