sábado, 19 de novembro de 2011

Repetitivo.


E no final, sobram todas as minhas teorias de como às vezes não é necessário uma palavra sequer pra se entender o que está sendo dito com os olhos. Há coisas que nao sabem como ser ditas, há palavras que não sabem ser suficientemente grande pra ser a verbalização do que se está acontecendo dentro de si. Não por culpa delas, elas simplesmente não sabem, e é ai que você precisa desenvolver sua capacidade de ler o que os olhos escrevem nas entrelinhas.

Ahh... As tão repetitivas entrelinhas! Serão sempre elas a ultima alternativa de compreensão do que não está escancarado como nossas percepções preguiçosas gostariam que estivessem. Elas aparecem nas minhas musicas, nos meus textos, nos meus dizeres, nas minhas gargalhadas mais indiscretas, e porque não na forma como arqueio a sobrancelha. Não importa! Elas me são tão constantes, como eu não sou. Elas me são dilacerantes, como eu gostaria de ser. Elas são minhas amigas mais fieis, porque é somente através delas que eu me mostro por inteiro e espero que alguém consiga ler o que os olhos dizem. E eles gritam!

Há ainda quem saiba ler as entrelinhas, mas prefira se fazer de bobo e dar a entender que na verdade não entendeu nada. Triste, mas cômodo. Eu que o diga. Eterna inconstância, eterno paradoxo de mim mesma, comecei esse mesmo texto vangloriando a necessidade de se ler nas entrelinhas e o estou terminando confessando minha inercia em preferir não entender. Então vou pedir outra vez, encarecidamente... Alguém ai poderia por favor me entender e em seguida me explicar?

               

Nenhum comentário:

Postar um comentário