segunda-feira, 9 de julho de 2012

um amor como viagem


Talvez a gente se parecesse demais com àquele passageiro na beira dos trilhos esperando um trem específico. Passavam-se vários trens ao longo da espera, mas nenhum chegaria ao destino que esperávamos, queríamos e precisávamos. Longe de haver avisos, era necessário apenas fechar os olhos e ver que não era o nosso trem, nossa vez, a hora em que partiríamos da estagnação para chegar ao um lugar que realmente fosse nosso.  Sabia-se e se sentia que a oportunidade furtiva, se fosse agarrada, nos levaria para mais longe ainda, e dificultaria ainda mais tomar o caminho certo que levaria até o nós.
No começo da espera, iludi-me com a ideia de que a espera não seria grande, que logo encontraria o destino pra onde seguiria e que a viagem seria tranquila de tal modo, que o sono seria regerador. Passava horas imaginando como seria encantador admirar a paisagem enquanto segurasse a sua mão, tecendo pequenos comentários sobre como amo seu sorriso. Acreditei cegamente que como nunca antes, as rosas prevaleceriam, e que seus espinhos seriam todos aparados antes que as rosas nos fossem entregues para perfumar nosso lugar.
Talvez naquela época eu tivesse um ‘quê’ de inocência, talvez simplesmente acreditasse que se o amor embarcasse conosco na nossa viagem, qualquer sombra de problema desapareceria, e que todas as nuvens que nos encharcam a alma por conta dos nossos choros quando tudo foge do controle, simplesmente sumiriam, e nossa viagem seria banhada por um sol que não queima, mas que aquece como o calor sagrado do amor. Não que eu tenha me equivocado completamente, mas digamos que não foi e não é tudo literalmente um mar de calmaria.
E finalmente quando nosso trem se aproximou, senti o coração palpitar. Sabia que enfim encontraria você, e partiríamos de pontos diferentes, rumo ao nosso lugar. Você me trouxe a fome da vida, a sede de querer-te sempre mais, e mesmo estando saciada, o sono não veio e a viagem de calma não teve nada. Passamos por tantos pontos difíceis que quase ficamos pelo caminho, mas passamos. Os trilhos estavam desgastados e a paisagem não era tão bela quanto esperamos que fosse, mas sempre que olhava em seus olhos, tinha a sensação de estar olhando pro que a vida podia me mostrar de mais bonito.
Como eu gostaria de te dizer que nosso recanto está próximo. Que o desgaste da viagem está pra se findar e que logo-logo você descansará depois de deitar no meu peito enquanto acaricio suas costas e te contos historias que ainda viveremos, mas que já me sinto invadida por essas tantas verdades que quero dividir só com você. Mas ainda não posso lhe dizer isso, não sei o quanto ainda temos que trilhar até chegamos nesse lugar. A única coisa que posso afirmar, é que independente dos trilhos, da paisagem, da falsa calmaria e de qualquer coisa que nos atormente o sono, eu estou com você, mesmo que às vezes meu silencio faça você se sentir só. E que mesmo que demore e que o tempo insista em nos fazer desacreditar, apenas quero olhar nos teus olhos e deixar transbordar todos os motivos pelos quais decidimos trilhar esse caminho de mãos dadas.

Um comentário:

  1. voce escreve de forma que me lembra eu no passado
    intensa romantica, jha falei varias vezes pra vc divulgar seu espaço nem que seja no facebook
    seria legal me adicionar caso queira rsrrs
    voltei aos blogs essa semana
    seu blog esta com layoiut muito parecido com o meu e meu conselho é que mude a cor da letra fica meio dificil ler
    e tire a sletrinhas de confirmação
    mas quanto ao texto: é um texto otimista, de amor que nao se vive mais hoje em dia, nao se é ficção ou verdade, eu por exemplo so fal0 do que vivo mas se for verdade que sorte estar sentindo isso

    de mãos dadas!

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