domingo, 16 de setembro de 2012

Sonho.


- sabe aquela tentativa frustrada de entender o 'sem sentido', de querer saber porquê te tomam quem mais te vale e porque você tantas vezes se abandona ao longo do caminho sem a menor pena? Pois bem, ela anda me fazendo companhia outra vez. Se aproxima e se afasta de mim essa frustração de ser incapaz de entender coisas tão maiores que eu, tão maiores do que você, que só perde em proporção pra saudade que anda me consumindo. 

Semana passada sonhei com você. Um sonho diferente, irreal, que comprovou meus sustos causados por sua falta constante. Sonhei com você estando acordada. Te fiz outra vez parte da minha rotina e em um ato falho tão incompreensível como o amor, quis contar ao meu anjo da guarda como foi bom tomar um café contigo depois de um dia tão longo e tão cansativo. Me pergunto se alguém me ler será capaz de perceber, entender e me explicar o quão assustada eu fiquei? Meu sonho que não era sonho, que foi visto e quase vivido por conta de uma desorientação de tempo e espaço possibilitado pela imensa saudade que sinto de coisas tão pequenas como uma bebida quente no fim do dia? Suspiro...

Nessas horas tenho medo. Medo de enlouquecer. Medo de ficar presa na realidade que me tortura. Medo de ficar presa no meu mundo de menina que não sabe sofrer. Medo de não conseguir me mostrar. Medo de expor minha dor em excesso e assim se assustarem. Medo de ter medo. Medo dos meus medos se concretizarem e eu nunca mais ter o que mais me vale na vida e que a 10 meses não tenho, seu abraço. Odeio sentir isso, porque tanto o medo como a culpa me paralisam, e esses dois componentes somados a saudade me fazem perder a direção pra onde caminha. Me perco em palavras que pra muitos nem parecem ter nexo, então divago.

Meus devaneios quase que insanos são tão saudáveis quanto antibióticos diante de uma infecção gravíssima. São eles que me permitem enlouquecer na medida, o suficiente pra sentir, transbordar, gritar dores e amores e depois ao me acalmar chorar baixinho em meio a soluços o não entender o mundo sem a Rosa que o tornava mais bonito e menos áspero. São eles que amenizam minhas frustrações do não entendimento, da incapacidade de aceitar injustiças e me fazer doer um pouquinho menos quando o coração tiver em pedacinhos tão miúdos como polem de flor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário