quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Um ano / um abraço



Eu teria outra forma de me sentir, senão assim, numa tristeza sem fim. Lembrando você sem parar e pensando na falta que tu fazes e no vazio que ficou desde que você se fora de mim? Tenho tanto medo do mundo, receio da vida, uma confusão constante de não saber seguir nem como fazer isso, e acabo sempre caindo nesse choro tão dolorido a que me remete a saudade...
Queria tanto que soubesse como esse lugar da minha vida não será ocupado por mais ninguém. Como seu sorriso foi importante pra me fazer também sorrir. Que seu abraço foi a noção de calor mais verdadeira que já tive no toque da pele. O quanto quero ainda mais me parecer com você. O tanto que ter tido seus carinhos nas noites de pesadelo me fizeram menos medrosa. Como suas orações me salvaram de tantos perigos, incontáveis, inimagináveis e incompreensíveis a nossas mentes humanas. Sinto falta de te falar do meu dia de hoje, dos meus dias de amanhã e do seu colo quando a bronca da minha mãe for cruel demais.
Enfim, acredite eu ou não, mas já se passou um ano desde que te abracei pela ultima vez. Já se passaram 365 dias em que morro um pouquinho a cada dia de saudades de ti... um ano em que fujo todos os dias da dor e no final caio no abismo que a saudade gera dentro de nós. Um ano em que nenhum artifício mágico substitui sua imagem constante na minha mente. Que falta me faz teus olhos de senhora e teu olhar de menina.
Ontem, no aniversario de um ano da sua partida, vi meu irmão chorar e chorei junto vendo que alguém alem de mim tinha um buraco na alma a um ano causado por sua partida. Não um reconforto, mas uma identificação que me fez lembrar que eu sei cuidar de quem eu amo, e apesar dos atritos, eu amo aquele pequeno que cresceu tanto nos últimos tempos. Preciso tanto voltar a viver, preciso tanto volta a enxergar vida e a fagulha das emoções do meu irmão me trouxe de volta essa necessidade. Um pequeno sopro de vida que me fez querer voltar a respirar sem que isso seja um soluço.
Sinto falta e repetir isso nunca será o suficiente pro tamanho da proporção da saudade, mas gostei muito de segurar a mão desse pequeno enquanto caminhávamos...

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